E se tudo que acontece tiver algum motivo?
Hoje eu tava meio assim, irritado, com dor de cabeça, meio puto da vida.
Sete horas pensei em sair, mas só pensei, trabalhei mais meia horinha pra adiantar algumas coisas. Quando deu sete e meia, peguei minha mochila e desliguei o computador - Droga, esqueci de salvar os arquivos no pen drive - Liguei novamente o PC, salvei os arquivos e saí.
Ainda tava claro na rua, meio quente, perfeito pra voltar de bike pra casa. Aluguei a bicicleta, retirei da estação e dei duas pedaladas - Droga, o guidom está quebrado - Devolvi a maldita e fui pegar meu ônibus.
Chegando na avenida, passou meu ônibus, perdi por um minuto - Droga, malditos arquivos, maldito pen drive, maldito Itaú que faz essas bicicletas malditas, maldito motorista que não me esperou - Fui pra parada esperar o próximo.
Fiquei ali meio assim, irritado, com dor de cabeça, meio puto da vida.
Vinte minutos depois embarquei no ônibus, sete minutos depois desci, dois minutos depois eu tava na esquina de casa, ajudando o Seu João Bastista, idoso, diabético, alcoólatra, com princípio de alzheimer, só de camisa e fralda, a levantar, porque ele não conseguia sozinho, não tinha forças, não enxergava direito, não sabia onde estava.
Essa energia que nos liga, que nos move, que nos conecta no meio do caos, que alguns dão nome, que outros não acreditam, essa energia fez com que eu estivesse na hora certa, no lugar certo, contra a minha vontade.
Hoje eu tava meio assim, irritado, com dor de cabeça, meio puto da vida.
Seu João Batista está dormindo, em casa, ao lado da Dona Jussara.
Agradecimentos:
Sete horas pensei em sair, mas só pensei, trabalhei mais meia horinha pra adiantar algumas coisas. Quando deu sete e meia, peguei minha mochila e desliguei o computador - Droga, esqueci de salvar os arquivos no pen drive - Liguei novamente o PC, salvei os arquivos e saí.
Ainda tava claro na rua, meio quente, perfeito pra voltar de bike pra casa. Aluguei a bicicleta, retirei da estação e dei duas pedaladas - Droga, o guidom está quebrado - Devolvi a maldita e fui pegar meu ônibus.
Chegando na avenida, passou meu ônibus, perdi por um minuto - Droga, malditos arquivos, maldito pen drive, maldito Itaú que faz essas bicicletas malditas, maldito motorista que não me esperou - Fui pra parada esperar o próximo.
Fiquei ali meio assim, irritado, com dor de cabeça, meio puto da vida.
Vinte minutos depois embarquei no ônibus, sete minutos depois desci, dois minutos depois eu tava na esquina de casa, ajudando o Seu João Bastista, idoso, diabético, alcoólatra, com princípio de alzheimer, só de camisa e fralda, a levantar, porque ele não conseguia sozinho, não tinha forças, não enxergava direito, não sabia onde estava.
Essa energia que nos liga, que nos move, que nos conecta no meio do caos, que alguns dão nome, que outros não acreditam, essa energia fez com que eu estivesse na hora certa, no lugar certo, contra a minha vontade.
Hoje eu tava meio assim, irritado, com dor de cabeça, meio puto da vida.
Seu João Batista está dormindo, em casa, ao lado da Dona Jussara.
Agradecimentos:
Pen drive;
Itaú, BikePoa e Prefeito Fortunati, pelo péssimo serviço no aluguel de bicicletas;
Carris e ônibus Campus Ipiranga, por não me esperarem;
Tim, por deixar eu fazer um empréstimo de cinco pilas;
Duas mulheres desconhecidas, que me ajudaram a vestir o Seu João Batista;
Taxista Celso, por ser tão gentil;
99Taxis, por existir.
Comentários